O Partido Ecologista «Os Verdes» apresentou na semana passada o seu manifesto eleitoral para as eleições legislativas de 5 de Junho. O documento, intitulado Por uma Alternativa Sustentável de Esquerda, aponta soluções para fazer face à difícil situação em que o País se encontra e que passam pelo seu desenvolvimento e pela defesa e afirmação da sua soberania.

Os ecologistas defendem o apoio à produção nacional e ao consumo local como formas de consolidar o mercado interno e a promoção da agricultura familiar e biológica (proibindo o cultivo de organismos geneticamente modificados). A recuperação e renovação da frota de pesca, a criação de condições de escoamento dos produtos alimentares nacionais, nomeadamente com o apoio ao sector cooperativo, e a defesa da gestão pública da água são outras das propostas de fundo do PEV.

No manifesto, salienta-se ainda a modernização e diversificação dos transportes públicos, em particular do transporte ferroviário convencional, e a necessidade de manter o controlo do Estado e a representação democrática em sectores chave da economia, como a banca, energia, transportes e telecomunicações. Desta forma se garantirá, segundo «Os Verdes», a «sustentabilidade económica e ambiental do País».

Fazendo um balanço do trabalho pelos dois deputados do partido na Assembleia da República, o manifesto do PEV realça a apresentação de mais de 50 projectos de lei, «espelhando as preocupações ecologistas do PEV e procurando promover uma maior qualidade de vida aos cidadãos». A melhoria da base legal em matéria de ambiente, o aumento da produção nacional ou a promoção da segurança e qualidade de vida das populações garantindo direitos consagrados na Constituição foram preocupações constantes dos deputados do PEV. Os deputados ecologistas sugeriram ainda mais de 600 propostas de alteração aos orçamentos do Estado, visando «colmatar o débil investimento do Governo em variadíssimas regiões do País e combater as graves assimetrias regionais».

No Manifesto, o PEV torna públicos os 31 candidatos do partido aos vários círculos eleitorais nas listas da CDU.